Casório?! - Marian Keyes

Título: Casório?!
Autor(a): Marian Keys
Editora: Bertrand Brasil
Páginas: 642
Classificação: 3. (bom)

Lucy Sullivan vai se casar. Essa moça de 26 anos, que divide o apartamento com as amigas, não tem dúvidas de que, dentro de poucos meses, estará entrando na igreja durante uma linda cerimônia. Só falta um pequeno detalhe: o noivo! Mas Lucy, que nem ao menos tem um namorado e nunca foi muito bem-sucedida no amor, confia piamente nas previsões de sua cartomante e iniciará uma busca incessante (e hilariante) por um bom partido: ele só precisa ser bonito, inteligente e não lembrar em nada o seu pai. A escritora Marian Keyes - após os imensos sucessos Melancia, Férias! e Sushi - está de volta com Casório?! , um romance contagiante e engraçadíssimo.

Tenho que começar dizendo que as temáticas dos livros de Marian Keyes são meio clichês. Ela não aborda temas realmente inovadores, mas conquista com uma escrita suave e relativamente necessária. Não é um livro de 600 páginas com a maioria só para preencher o vazio. Tem a quantidade certa de diálogos e reflexões e os capítulos são relativamente curtos, o suficiente para não ser pouco e não se prolongar demais.

Lucy Sullivan é uma mulher normal, até onde uma mulher pode ser, já que não se acha bonita e nem boa o suficiente para cara nenhum. Sempre se apaixona pelos errados e as vezes pelos certos demais, que acabam se tornando errados, consequentemente. Engraçada, espirituosa, doce e meio doida de um jeito charmoso foram os adjetivos para caracterizar Lucy (na maior parte do tempo) e a maioria das pessoas no livro parecem pensar da mesma forma que eu, menos ela. Sério, a insegurança dela chega a ser irritante! 

Observação: Separei uns quotes para exemplificar o que disse acima, não é exatamente um spoiler porque é um cara qualquer que nem na estória está, mas se preferir, não leia.

"Evidentemente, achei que não tinha a minima chance de conquistá-lo, que alguém maravilhoso como ele teria um monte de garotas à sua disposição, e é claro que não ia demonstrar nenhum interesse por alguém tão comum como eu. Porque eu era comum mesmo. Certamente parecia comum (...) Eu não acreditava em uma só palavra que saia de sua boca. Quando dizia que eu era a unica garota em sua vida, imaginava que ele estava mentindo; quando dizia que eu era adorável, eu me perguntava por qual angulo, e dava voltar para inspecionar meu reflexo e descobrir o que é que ele queria de mim. (...) Certa manhã, acordei e lá estava ele, apoiado no cotovelo olhando para mim. 'Você é linda', ele murmurou, e tudo me pareceu totalmente errado"

Em uma visita à cartomante com suas amigas, um importante fato é revelado. Dentro de um ano, Lucy irá se casar e a partir daí ela passa maior parte do tempo procurando, pensando, divagando quem seria seu príncipe encantado.  É quando ela conhece um sujeito meio cretino e aproveitador, meio tonto e daqueles que usa o charme para conseguir o que quer. Daqueles por quem você se apaixona – e ninguém entende porque - quando tá numa fase bem fodida da sua vida. Só que Lucy parece estar esquecendo de algo... Ou de alguém. E se o marido que ela está procurando esteja mais próximo do que imagina? 

"E daí se o meu homem ideal era um sujeito egoísta, confiável, infiel, leal, traidor, traiçoeiro, um paquerador adorável que me achava o máximo, nunca ligava na hora em que combinava, fazia me sentir a mulher mais especial de todo o universo e tentava ganhar todas as minhas amigas? Era minha culpa que eu quisesse um namorado tipo “metamorfose ambulante”, um homem que fosse várias coisas conflitantes ao mesmo tempo?"

Lucy é um pé no saco algumas vezes, ela pode ser imensamente exigente com um cara (como no fragmento acima) ou nada exigente e se envolver com o maior otário. Mas quando não está se diminuindo, a gente simpatiza com ela. O que me agoniou mais foi não poder gritar para Lucy - a ingenua -  quem eram as víboras que a cercavam. Daniel (meu personagem favorito do livro), seu melhor amigo, é um homem sedutor, rico e doce, que está sempre ao seu lado... e ao lado de dezenas de outras mulheres. Mas tudo bem, porque Lucy não se acha boa o suficiente para ele mesmo. (Olha a insegurança aí de novo)

Todavia, apesar disso, é como a Mariana, do Felizvros disse: "Pelo menos em algum aspecto, ela é igual a você e eu. Ou à sua melhor amiga. Ou à vizinha dela. E como todas nós ela precisa aprender a se amar e se respeitar. Não que ela de fato consiga essa façanha, mas você vai se divertir enquanto ela tenta." 

20 comentários:

Danniele disse... [Responder comentário]

Todos falam bem dos livros da Marian Keys mas eu ainda não li nenhum e olha que tenho vontade de ler TODOS, inclusive esse que eu já tinha ouvido falar e que com sua resenha me interessei mais ainda.... ♥

Beijos, Lua :*

ps: amanhã vou enviar tua cartinha *-*

Pabline disse... [Responder comentário]

Não li nenhum livro a autora, mas já vi muitos comentários ótimos.
Não fiquei tão interessada pelo livro, não sei, acho que não bateu a química XD
Mas quem sabe, talvez eu leia qualquer dia desses... :/

BJ!

Gil_Effy disse... [Responder comentário]

OI Luana!

Acho que as mulheres inseguras fazem parte dos livros da Marian..eu só li Melancia e gostei, no início achei que sushi, férias e este seriam continuações..parece legal esse, quando tiver oportunidade acho que o lerei...

Bjs ^^
Ensaios de uma Leitura

Carol Ardente disse... [Responder comentário]

Eu conhecia o livro, mas nunca tinha lido uma resenha dele, até agora. Nunca li nada de Marian Keys e gostei dessa história. Acho que se eu conseguir uma pessoa que me dê o livro, eu o leia, porque ele é bem carinho para mim. Ou se aparecer uma super promoção na metade do preço. Acho que sonhei, né? HUAHAU
Adorei a resenha!
Beijos ;*

Ana Carolina
http://loucospor-livros.blogspot.com

Books Journal disse... [Responder comentário]

Tem uma parte nesse quote que lembra e MUITO uma cena do livro da Marian, em Melancia. Eu só li um livro dela, que foi esse e depois sai vendo mais resenhas e tal, mas nunca me interessei em ler outro, apesar de ter gostado muito de Melancia. O temas realmente são pouco originais, afinal, chick-lit parece tudo ser a mesma coisa né, risos. E o que a Mariana disse, é realmente verdade, apesar de ser clichê. Mas vendo por outro lado, se virou clichê é porque não passa da pura e crua verdade, haha.

Adorei a resenha :D
Kaká xxx

Sobre Meus Livros disse... [Responder comentário]

Eu nem conhecia o livro, pra falar a verdade, HUAHUAH;
Adorei sua resenha, mas não me interessei pelo livro .-.

Beijos.

Anônimo disse... [Responder comentário]

Os livros desta autora nunca me despertaram interesse, mas este aí renderia um bom filme!

Thaís Cavalcante disse... [Responder comentário]

O livro parece ser muito legal, mas não sei se pararia para lê-lo. Li algumas resenhas dele e parece ser uma leitura light, bem tranquila e divertida de se ler! (:

Beijos!
http://pronomeinterrogativo.blogspot.com/

j disse... [Responder comentário]

Lu, adorei a resenha. A maioria dos livros de Chick-lit não são mesmo muito inovadores, mas acho que não é bem isso que estamos procurando quando vamos lê-los. Eu, pelo menos, busco diversão. E acho que sempre tem exagero nos perfis dos personagens. Quem não tem uma insegurança sequer? A diferença é que os autores tentam mostrar isso repetitivamente.

Beijos

Anônimo disse... [Responder comentário]

Oi, Luana :) Curto demais chick-lits. Vou até memorizar o nome desse livro, pq quero ler a partir de agora. Embora não seja um tema inovador, ele parece "prender" pelas situações cotidianas e tbm por momentos de reflexão. Gostei mesmo!
Olha que compro qualquer dia desses. :D

Bjs ;)

Marina Oliveira disse... [Responder comentário]

Não li nenhum livro da Marian Keyes, e nem tenho muita vontade. Sei lá, não consigo me interessar por chick lits de jeito nenhum :X uisahsauash
Beeeijos

Marina Oliveira
http://distribuindosonhos.blogspot.com

Glaucea Vaccari disse... [Responder comentário]

Eu tenho vontade de ler os livros da Marian, mas os preços são meio carinhos hehe
E eu tenho certo receio porque os livros são enormes e realmente parecem todos clichês. Mas pretendo ler.
Bjo

Thaís Varine disse... [Responder comentário]

O único livro da autora que tenho em casa é o "Anybody Out There?" que foi lançado aqui como "Tem Alguém Aí?", mas ainda não tive a oportunidade de ler. Morro de vontade de comprovar se a Marian é tão boa quanto falam ;D

Aione Simões disse... [Responder comentário]

Oi Luana!
Eu adoro suas resenhas!
Eu só li "Melancia", "Férias" e "Sushi" até agora, mas quero ler todos!
Como você bem disse, os livros da Marian não são clichês e trazem boas doses de risadas e reflexões!
Adorei a frase da Mariana!
Beijos!

Francielle Couto Santos disse... [Responder comentário]

Já ouvi comentários positivos, e comentários negativos a respeito dos livros da autora. Embora eu ache as capas maravilhosas, não tenho tanto interesse assim em lê-los por conta justamente da temática um tanto clichê, mas não posso falar nada a respeito do conteúdo, pois nunca li nenhum livro se quer. ._.
No mais, adorei sua resenha. Sempre sincera e abordando bem pontos indispensáveis. Parabéns!

Um abraço!
http://universoliterario.blogspot.com/

Angela Graziela disse... [Responder comentário]

Ah, acredita que eu estava lendo este livro
Mas tive que parar, pois peguei na biblioteca e tive que devolver
Mas já reservei novamente e vou ler assim, por partes
Beijos

Sra G.M disse... [Responder comentário]

Nunca li nenhum livro dessa autora, mas na primeira oportunidade gostaria de conhecer. Livros assim, como você disse, sem temáticas clichês são ótimos pra ler quando a gente ta de férias e não quer pensar demais. Vou marcar na lista :D

Mii disse... [Responder comentário]

Que delicia de Livro, Marian Keyes, aquela linda. Como sempre arrasando em seus livros.

Adorei a resenha, parabéns!

Beiijos
http://aoinfinitoealem.com

Unknown disse... [Responder comentário]

Olha, parece ser um livro ótimo. Vou adicionar a minha lista e espero que também goste. =)

Beijo
http://www.garotasdizem.com/

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