You gave me a forever within the numbered days

Título: The Fault In Our Stars
Autor(a): John Green
Editora: Dutton.
(Intrinseca no Brasil, yay!)
Numero de páginas: 313
Livro lido em inglês.
Obs: resenha um pouco fora do comum. Vou contar o que senti quando li, como foi a experiência, como e quão profundamente John Green me tocou.

Há pouco mais de um mês eu começava The Falt In Our Stars, minha primeira experiência com John Green e primeira experiência num livro sobre câncer. Vejam bem, eu não costumo ler livros sobre doenças terminais; não gosto da maneira como os protagonistas são idealizados e se tornam pessoas boas e imaculadas por terem aquela doença. Mas TFIOS não é um livro sobre câncer. É um livro sobre Hazel Grace, que acaba tendo câncer e um infinito mundo de percepções.

O que eu quis dizer com esse parágrafo acima é que Hazel é tão humana quanto qualquer um de nós. Ela gosta de ler, ela faz piadas sobre seus amigos com câncer – não maldosas, mas piadas que você faz quando é próximo assim de uma pessoa -, tem seus momentos amargos por ter esse câncer, mas não se lamenta. É o que é e tudo que ela pode fazer é viver sua vida normalmente, dependendo do humor com o qual ela acordar, como qualquer ser humano normal.

Não vou escrever uma pequena sinopse sobre o que a estória nos conta, porque acho que uma das belezas desse livro é o fator surpresa. Não que tenha muitas informações reveladoras, mas conhecer a estória de Hazel e Augustos (o cara mais doce, inteligente e bem humorado) e sua “jornada” sem saber o que esperar foi uma experiência deliciosa.

Também não sou desse tipo de leitora que se emociona com qualquer coisa. Conto nos dedos de uma mão quantas vezes chorei num livro e na maioria das vezes, é uma lagrima solitária, um tremor de queixo e páginas depois, está tudo bem. TFIOS quebrou meu coração em pedaços tão pequenos e foi uma dor tão doida, mas tão bonita! Não sei explicar, mas eu precisei parar de ler por alguns minutos para absorver. Foi algo tão magistralmente bem escrito que eu chorei como uma menininha.

Outra coisa incrível na estória que John Green criou é que o livro não é um livro triste. Eu ri alto no meio de uma aula do cursinho, porque Augustos era um cara tão espontâneo e os diálogos eram tão naturais, que não consegui controlar. Os personagens secundários são bem trabalhados, construídos e não estão lá para preencher lacunas.

Meu sentimento perante TFIOS pode ser descrito – ainda que não completamente. Nunca poderei explicar completamente. Sorry 'bout that -, nessa citação da pag 33: “Sometimes, you read a book and it fills you with this weird evangelical zeal, and you become convinced that the shattered world will never be put back together unless and until all living humans read the book. And then there are books which you can't tell people about, books so special and rare and yours that advertising your affection feels like a betrayal.” 

Eu senti esse “weird evangelical zeal” durante todas as páginas. Repito: todas as páginas. Porque a escrita de John Green é that good! (Dando uma de Hazel: eu leria as listas de supermercado, dele.)

A Intrínseca está lançando TFIOS então não há nenhuma desculpa para que ele não seja lido, bonitinhos. Apesar do meu ciúme miúdo, imploro: leiam TFIOS.
Citações preferidas (enxugas e as sem spoiler, se não eu citava metade do livro):

“I fell in love the way you fall asleep: Slowly, and then all at once.”
“I wouldn’t mind, Hazel Grace. It would be a privilege to have my heart broken by you.”
“I told Augustus the broad outline of my miracle: diagnosed with Stage IV thyroid cancer when I was thirteen. (I didn't tell him that the diagnosis came three months after I got my first period. Like: Congratulations! You're a woman. Now die.)
"Okay? - Okay"

Oh, hi

Olha só quem ressurge das cinzas. Tipo uma fênix. 

Sim, bonitinhas, eu meio que estou de volta. Como diz a nota ali em cima, pretendo compartilhar as resenhas dos livros incríveis que ler - isso quer dizer que devido ao meu pouco tempo, provavelmente não postarei livros que não gostei muito, fora os de parceria - com vocês! Eu senti falta disso aqui. Senti mesmo! Mas foi necessário, eu precisava de um tempo só pra mim, só pra minha decisão de vestibular e essa coisa toda. Não é fácil. Ao menos não foi, pra mim. 

Enfim! Pequenas mudanças... 

Mudei o layout - créditos no Sobre-, porque apesar de lindo, enjoei daquele. Esse tá porcamente feito, mas por enquanto, funciona para mim. 
Os títulos das minhas resenhas serão frases do livro.
Vou tentar ao máximo responder comentários, pelo menos uma vez por semana, mas vocês sabem como é. 

Minhas primeiras resenhas de retorno podem estar medíocres, porque estou meio enferrujada, mas com o tempo, volto ao meu antigo eu. :)

Obrigada a todos que estiverem lendo isso. Obrigada a todos que continuaram vindo aqui, apesar do meu sumiço. Obrigada por serem awesome. 

To the stars through adversity

Título: Amy and Roger’s Epic Detour

Autor(a): Morgan Matson
Editora: Simon and Schuster
Número de páginas: 343
Livro lido em inglês.


O ano de Amy começou ruim e agora ela tem que se mudar para Connecticut, abandonar seu lar na California e cair na estrada com um garoto que ela mal conhece. Para Roger, a viagem não é mais atrativa; estando na faculdade, a ideia de diversão dele não é exatamente dirigir por quatro dias com uma garota do ensino médio. Para completar, desde que seu pai morreu, Amy não consegue dirigir – ou estabelecer uma conversa socialmente aceitável com outro ser humano, para ser mais exata -, então ela não é a melhor das companhias para uma Road trip, mesmo que seu companheiro de viagem acabe sendo um garoto divertido e extremamente bonitinho.

Esse livro é um pacote completo! Ele tem muita diversão, personagens com problemas reais e bem trabalhados (emoções que não são só palavras que o autor usou e sim, sentimentos nos quais acreditamos), romance na medida certa (daqueles que nós vamos conhecendo os protagonistas e acompanhando a relação crescer, tornando tudo palpável e diferente de amores à primeira vista à La Sparks), uma Road trip maravilhosa que nós faz morrer de inveja e vontade de conhecer todos aqueles lugares incríveis, citações e trechos de musica que tem total relação com cada capitulo e uma diagramação dinâmica que faz o livro parecer um scrapbook, com fotos e tickets de estadia em hotéis, por exemplo. A musica é algo muito presente em Amy and Rogers Epic Detour! As playlists variam de acordo com o humor e estado, de Roger e Amy.

A Road trip é quase como um terceiro personagem, dentro do carro. Tudo que Amy descreve é muito fácil de ser imaginado, visualizado... Os lugares que ela visita parecem ser incríveis e cada um toca eles de maneira diferente, fazendo esses lugares nos tocarem também! E cada vez que ela passa por um local, no final de cada capitulo, tem uma lista com o nome do estado, o lema do estado (To the stars though adversity é o lema do Kansas e eu adorei!), o tamanho, fatos sobre e notas (coisas que a Amy percebeu, comentários que o Roger fez).

Esse também não é um daqueles livros onde os protagonistas são, praticamente, os únicos personages do livro. Por cada local que eles passam, existe alguém que é importante pro curso da estória, mesmo que seja só por um breve diálogo! Os personagens secundários são tão bem trabalhados e cativantes, quanto Amy e Roger. Dá até saudade de alguns, quando temos que seguir em frente.

O livro fala sobre o amadurecimento, sobre as incertezas (desde sobre onde eles irão passar a noite, até o que aquela viagem toda significa); sobre como um acontecimento pequeno e não programado pode resultar em algo magnífico!  E sobre como a vida é um conjunto de infinitas possibilidades e que não podemos controlar tudo, está tudo bem.

O final não deixa nada a desejar. Pensei que fosse algo bem previsível, algo que imaginei que aconteceria e de certa forma, é, mas escrito de uma maneira bem gostosa e satisfatória. Também não é um livro utópico, onde tudo se resolve no final; na verdade, mostra que tudo vai se resolver no final, mas não no final do livro (deu para entender? Como se a estória de Amy e Roger e suas vidas continuassem, após a ultima página). Claro que recomendo!


 

Papelaria coreana: nom nom nom


Desde pequenininha, o momento mais feliz no meu Volta às aulas era a hora de comprar material novo. Eu adorava como a gente podia se reinventar nos cadernos, agendinhas e blocos de anotação, numa eterna disputa inocente não declarada do “olha como eu sou fofa e tenho coisas legais”. Passava horas nas poucas papelarias da minha cidade tentando escolher materiais originais e do jeitinho que eu queria, e sempre acabava um pouco frustrada por não encontrar tudo que tinha na minha wishlit. Eis que sou pré-universitária (dizer que faço cursinho soa tão uncool) e continuo na eterna disputa inocente não declarada do “olha como eu sou fofa e tenho coisas legais”!

A Cute Paper é uma loja que vende produtos, geralmente, por encomenda. Logo, a maioria demora um tempo pra chegar (foi lá que fiz minha compra e fiz o pedido no final de Março e chegou faz um 5 dias! Ou seja: quase dois meses.) mas acho que é tanta coisa bonitinha que vale a pena esperar! Demora esse tempo todo porque os produtos são importados e a loja é simplesmente uma revendedora. Você pode comprar pelo eBay, obviamente, mas tem aquele perigo de ficar preso na Alfandega e você acabar pagando um absurdo! (Fora que eu sou toda desconfiada e sempre fico com medo de ser caloteada. Mas se realizar compras pelo eBay é algo que você faz numa boa, é valido ressaltar que lá é mais barato.)

O planner é realmente ótimo para quem tem a memória meio falha e acaba esquecendo consultas (Sim, no plural, duas só esse mês. Pode isso, produção?) e compromissos em geral. O único receio que eu tinha era que não ia saber o que colocar lá ou colocaria coisas meio... Bobas. Como o espaço é bem pequeninho, não dá pra preencher com nada que não essencial e direto; “Consulta no dentista na quarta-feira, às 16h”, ou “Não esquecer de escrever tal resenha”. Daí coloco um adesivo de não esquecer ou algo bonitinho e pronto! Minha vida social está na segurança das páginas decoradas de um caderno mega fresco e que eu adoro. 

Adesivos (com fundo transparente tudibão). Tá aí algo que eu me arrependo de não ter comprado mais. Isso porque comprei TRÊS cartelas, com 5 ou 6 folhas, cada. 18 folhas de adesivo parece muito pouco pra preencher o que eu queria (colo eles em uma agenda que faço de Journal, também. Vide primeira foto)! É tudo tão lindo e ilustra a expressões faciais ou atos que dá vontade de colar um a cada parágrafo! É realmente muito bonitinho. :)

O resto é tudo igualmente NOM NOM NOM NOM e me senti com 13 anos, de novo. Foi bom.

Duas canções sobre o amor, ah, o amor...

Meu gosto musical está intrinsecamente ligado a meu estado de espírito. Também reflete no que eu estou fazendo no momento; por exemplo, se for arrumar meu quarto (yeah, right) escolho uma playlist essencialmente de rock clássico; se estiver dando uma de garota craft, escolho as musicas mais bonitinhas e alegrinhas, como Regina Spektor e Kate Nash; quando vou malhar escolho as baladinhas à La Jovem Pan. Já quando estou fazendo nada no mundo das internets, procuro vou procurando o que estiver na timeline e atualização de alguém, dando prioridade pro pop e folk.

Foi numa dessas tardes nas internets que eu conheci a Clarice Falcão, que é atriz, roteirista brasileira e cantora, sendo este ultimo o único contato com trabalho dela que tive, até agora. A primeira vez que ouvi a voz dela, fiquei instantaneamente encantada! É a coisa mais doce do mundo e o acompanhamento do violão torna tudo tão gostoso de escutar...

Não sou fã de muitas bandas brasileiras. As que eu gosto geralmente seguem essa linha da Clarice, voz e violão que embala. (Claro que gosto de Los Hermanos, Legião, Cazuza e mais recentes como Marcelo Jeneci, Tulipa Ruiz, O teatro mágico. Todos lindos e talentosos, nom nom nom). Gosto especialmente daquelas musicas que contam historias, que narram acontecimentos da forma mais harmoniosa possível, relatando com maestria uma historia digna de livro, em sua essência.

Enfim, sobre a Clarice.

A primeira música que ouvi foi Uma canção sobre o amor, ah o amor... (que eu nem ia incorporar o vídeo ao post, mas não me contive! Acho as duas tão meigas que merecem ser escutadas) e por estar vinculada ao canal Parafernalha, achei que fosse algo mais humorístico, satirizando o amor. Estava enganada e feliz com a descoberta! A música é extremamente divertida e bonitinha.



Mas não é essa que eu vim indicar nesse post. (apesar de já ter indicado e incorporado porque, é muito fofa) A musica que não sai da minha cabeça desde semana passada é Fred Aistere e vocês podem conferir assistindo o vídeo abaixo! :)